A brincadeira perigosa e o virtual do existir na infância e na adolescência

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A palavra brincadeira instantaneamente nos remete a infância, um espaço de memórias onde se aloja a facilidade de existir, entre grupos de amigos, na família, que envolve atividades lúdicas, prazerosas e de alegria. Tais como as brincadeiras domésticas: a boneca, o carrinho, o cantar, o dançar, o correr da primeira infância; sejam as atividades grupais ao redor do esporte na adolescência: jogar vôlei, jogar futebol, jogar conversa fora nos corredores do shopping center. Nenhuma memória estará diretamente ligada à sensações de desprazer quando se fala de brincar. Nenhuma brincadeira será, em sua essência, lembrada em associação a riscos de vida ou consequências de caráter irreversível. Porém, o limiar de existir, o desenfreado poder da informação da nossa era vigente, tem conduzido crianças e jovens a sucumbirem à práticas de alto risco sob a denominação de “brincadeira” ou “jogo.”


A infância e adolescência se organizam, nos dias de hoje, através das comunicações virtuais. A constante necessidade do uso da tecnologia como veiculo para o brincar e o interagir tem uma capacidade de extrapolar os limites impostos pelos pais nos cuidados de segurança e proteção dos filhos. Se contarmos as horas usufruídas na internet por crianças e adolescentes, vamos ser surpreendidos com a substituição de existir fora do mundo virtual por uma comunicação artificial, existente entre pares de mídia sociais e vídeo games. Pais de hoje, nascidos ainda na geração de antes do início da internet, estão em constante desafio para compreender a facilidade e a forma como a informação é acessada pelos filhos. O brincar está fora do olhar, do comando, do direcionar dos cuidadores já que persiste dentro de uma tela, em uma velocidade do qual se é alienado saber se não se faz parte integrante da mesma. O mundo virtual torna-se um infrator das leis paternas, um desesperador das atenções maternas, que muitas vezes apontam as consequências e os riscos quando o pior acontece.


Longe de querer erguer bandeiras e protestos contra o que possivelmente seria  considerada a maior invenção do seculo XX: a Internet; nos pomos, porém, a pensar sobre o caráter formador da mesma, o impacto emocional, social e cultural que sofrem as crianças e adolescentes da geração pós-internet. Quando questionamos esse poderoso veículo e a influência que exerce sobre jovens de forma geral, estamos tentando entender a melhor qualidade e forma de monitorar o seu uso para que jovens possam permanecer seguros e distantes de perigos desconhecidos pelos pais ou responsáveis. Monitorar se torna necessário quando temos seres em processo de desenvolvimento e crescimento sócio-emocional, que dependem, ao longo desse processo, de comandos, de direcionamentos que diferenciem riscos de brincadeiras. E aqui entram as brincadeiras perigosas, os jogos de desafio que se tornam populares em instantes virtuais, mais rápidos que nosso tempo de minutos e horas.


Massivamente divulgados pela internet, suas mídias sociais, canais de imagens e videos, as brincadeiras perigosas acham refúgio na infância e adolescência pela proposta aparentemente simples e inofensiva de se praticar. Grupos em escola, acionados, seja pela motivação da curiosidade, seja por uma necessidade de identificação grupal, testam limites dentro dessas atividades. Jovens vitimizados pela prática de alguma brincadeira perigosa acontecem em sua maior incidência na idade de 12 anos, testando a “brincadeira” em casa e sozinhos pela primeira vez, possivelmente incitados por um desafio online ou pela curiosidade ao redor da propaganda da prática como algo prazeroso. Não se encontra, em nenhuma dessas divulgações de internet, as consequências de curto, médio e longo prazo, as sequelas neuronais causadas, afligindo as funções cognitivas, emocionais e de visão, as possibilidades de parada cardíaca e até a morte.


A brincadeira perigosa não é novidade, não nasceu e se criou no século XXI, porém, tem se tornado mais complexa, mais violenta e como consequência, formadora de vítimas, de famílias que agora vivem o luto de um ente querido que partiu inesperadamente e no auge da infância. A dor associada com a prática que os levou não pode ser denominada lúdica, entrando aqui em total oposição à forma de propagação dessas atividades dentro dos grupos sociais nos quais ocorrem. Parece pertinente que exerçamos um papel de questionador do uso sem monitoramento dos veículos de internet, quem sabe podemos criar formas de conscientizar crianças e jovens sobre os riscos de práticas não-lúdicas, e desenvolver ferramentas que barrem a propagação do brincar em associação ao risco e desafio. Inicia-se assim, um unir pensamentos e esforços em nome da preservação da vida de crianças e adolescentes no nosso país e no mundo.

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